21 de jan. de 2011

Cânticos de Morte III (Da vida nada se leva)


(Este poema é continuação de minha brincadeira poética. Escrevi como uma homenagem a única certeza que temos na vida. Também faz parte de meu livro.)



Todo poeta canta a morte
sabendo que ela o espia.
"Da vida nada se leva
a não ser a vida vazia".

E o poeta não teme a morte
faz dela seu dia a dia,
uma amiga que lhe persegue
e que as vezes o arrepia.
"Da vida nada se leva
a não ser a vida vazia".

Sabe que todos choram
quando a morte está por perto
e ele crê que quem teme a morte
faz da vida um deserto.
"Da vida nada se leva
a não ser a vida vazia".

A poesia o completa
e o enche de alegria.
O poeta não teme a morte,
pois ela torna-se poesia.
Por que temer a morte
se ela nos levará um dia?
"Da vida nada se leva
a não ser a vida vazia".

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