25 de nov. de 2010

APENAS A QUERO


Quem sabe irei abraça-la,
como o mar abraça a areia.
Vê-la flutuar numa dança de liberdade.
Quem sabe serei o vento para acaricia-la,
sentindo o gosto de sal da sereia.
Tê-la nua, como inocente criança, sem maldade.
Mas apenas a quero!


Tornaria-se minha amante
e como o mar me inundaria.
Senti-la embriagada de prazer e de calor.
Sentiria-me um navegante
e nunca mais me perderia.
Seus mistérios conhecer com amor.
Ouvir, à noite, a canção
que sai de sua boca,
com a voz rouca e sombria.
Pairar sobre a tempestade de verão.
Pasmo, ao vê-la louca
e de desejo, fosca e arredia.
Mas apenas a quero!


Ao beija-la eu iria brilhar
e iluminaria as trevas.
As estrelas morreriam ao meu luzir.
Descobriria quão belo é te amar,
pois entre as devas,
outras nunca haveriam de me seguir.
Por isso a quero!


Que embriagante amor eu tenho
em meu coração humano,
que hoje a tenho e ainda a quero?
Talvez seja de onde venho,
onde o céu toca o oceano,
o infinito que mantenho
com meu amor sincero.
Mesmo assim, apenas a quero!


E de tudo que conquistei,
ao tê-la em meus braços
e querer-te ainda mais, é amor.
Porém, nunca me esquecerei,
que toda vez que te abraço
Sinto-me cheio de paz, o vencedor.
E cada vez mais, a quero!


Poema de Mário A Pavani ( Este poema também é para ^jm^)

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