12 de mar. de 2011

A PONTE DO RIO DE MEL



O solavanco das ripas onde atravessei na infância não podia trazer medo.
A ponte era segura mesmo não parecendo, ela só assustava por causa do penedo.
O rio que embaixo corria chamava-se rio de mel, era ali que iniciava-se a vertente.
A paisagem era tão bela, um paraíso encantador, ali vivi dez anos indiferente.
Agora sei a importância daquela ponte dependurada, que sempre amava atravessar.
Sinto falta da infância, sinto falta do olho D’água e hoje tudo daria para um dia voltar.
Quero um dia voltar a ouvir a ponte gemendo, caminhar sobre ela, sentindo seu trepidar.
Sei que ao voltar eu encontrarei uma cidade diferente da minha Chapada do Céu.
Lá irei recordar as minhas doces aventuras na Ponte do Rio de Mel.


De Mario Augusto Pavani

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