28 de mai. de 2011

Eterno Cair das Asas

(Poema de Mário Augusto Pavani. Parte integrante do Livro "CONVERSAS E DESEJOS"





Olhos famintos, desejosos,

Miram a braguilha serrada.
Volúpia de febre ardente.
Corações deveras receosos.
Palavra com língua travada,
Vertente do amor ausente.
Instantes depois tê-la nua,
Debruçada em seu colo,
Ardente qual brasa.
Suor correndo a pele crua
Num inteiro desconsolo,
No eterno cair das asas.
Seu odor de suor juvenil,
Na poça de seu umbigo.
Palidez esbranquiçada.
Alva pele em seu perfil.
Sexo sedoso qual figo,
Pulsante, irrigada.
Respiração arfante, sonora,
Garra rasgando a pele,
Exaltação, alto grunhido.
E ao cair das horas,
Ela repousa nele,
Corpos adormecidos.

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