15 de fev. de 2011

O POETA E A AMADA



O Poeta passou a mão nos lábios;
apagou o cigarro no cinzeiro fétido;
coçou a face enrugada;
apanhou a caneta sobre a mesa
e se encarnou em mim.
Senti seu coração bater descompassado
e seus trejeitos se tornarem meus;
sua inspiração, minha obra de maior valor.
De minha mente jorravam versos
vindos do coração do poeta.
Arrepiava-me a cada momento de emoção
e fiz de seus versos minha vida;
de seu coração, meu coração;
de seus amores, meus sentimentos.
O poeta vivia dentro de mim;
preso em minhas dúvidas,
ao se libertar tornou-me seu companheiro
e por todas as noites me descobria escrevendo.
Entendi que a musa do poeta, era minha também.
Senhora de meus sonhos e planos de amor,
a esta musa me entreguei.
O poeta e a amada roubaram-me o sono;
Roubaram-me os sonhos,
deram-me em troca a vida e o amor;
o carinho na face;
o sorriso na hora da angústia;
o ombro para chorar
e os braços para consolar.
O poeta era o meu “EU” interior
e que a amada fez brotar.
Ao aprender amar a “amada”
descobri o amor pelo poesia.

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