Devorei seus olhos com os meus.
Adormeci embriagado com o perfume de seu colo.
Acordei com volúpia e desejo.
Morri entre suas pernas sedutoras num frio solo.
Pulsante um coração febril
Descompassado pelo esforço descontrolado
Sem saber o que se sentiu
Meu corpo repousa inerte ao seu lado
Levanta-se e caminha nua
Desfila a juventude torneada pelos poucos anos
O suor escorre a carne crua
Para diante da vidraça embaçada com seus desenganos.
Apanha as roupas sobre a cadeira
Sobre a cômoda as notas dobradas de sua sedução
Vira-se e acena como brincadeira
Deixa a porta aberta e some na imensa escuridão.
Poema de Mário Augusto Pavani, Livro: Conversas e desejos
Poema de Mário Augusto Pavani, Livro: Conversas e desejos
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